Nesta palestra de Dharma, no início da segunda semana do nosso Retiro de Verão, o irmão Phap Huu começa por nos fazer uma simples pergunta: Será que chegámos realmente a Plum Village? Ou ainda estamos a correr no passado, no futuro, ou mesmo a perder-nos no presente?
O primeiro Selo do Dharma de Plum Village é a prática de aprender a estar em casa: Eu cheguei, estou em casa.
O momento presente contém o passado e o futuro. Ao cuidarmos do momento presente, construímos um belo passado, bem como um futuro. Precisamos de explorar e desenvolver a semente da atenção em nós, a fim de reforçar a nossa capacidade de habitar no aqui e agora. Provamos a vida e sentimos a nossa vivacidade.
A energia do hábito de correr tem-nos sido transmitida pelos nossos antepassados e pela nossa sociedade. Voltando à nossa respiração e aos nossos passos na vida quotidiana, podemos transformar este hábito. A nossa respiração torna-se um refúgio contra as nossas energias de hábito que solidificam a nossa presença. Precisamos de aprender a parar, descansar, e tornarmo-nos sustentáveis para nós próprios.
A presença também é possível em momentos dolorosos, como a vida do Thay mostra com beleza e força. Ao aprender a viver profundamente um momento doloroso, desenvolvemos a capacidade de abraçar sensações desagradáveis.
A Arte da Felicidade é também uma parte muito importante da prática. Na nossa vida quotidiana, aprendemos a identificar e valorizar as condições de felicidade que já lá estão. Ao alimentarmos a nossa felicidade, já estamos a transformar o nosso sofrimento.
No nosso tempo, é crucial que aprendamos a amar novamente a Mãe Terra. Precisamos de ver que ela está dentro de nós e não fora. Somos parte do ambiente. Precisamos de criar uma cultura de cura, de parar, e de ter o suficiente.
Fonte: Canal de Youtube Plum Village