Uma dissertação em pós-gradução, por Dan Konfas
A cultura indiana é uma das principais matrizes do conhecimento humano. A gestão de sua diversidade é um laboratório, um campo fértil para pesquisas, nas diversas áreas do conhecimento acadêmico.
Nascido dentro desse contexto cultural, o Budismo foi a primeira religião universalista que se tem notícia na história e, durante os últimos milênios, a maior parte da população mundial viveu sob sua influência direta ou indireta. A pesquisa que deu origem a esta dissertação objetivou estudar uma peculiaridade do Budismo himalaico: o surgimento e as consequências da profusão de imagens usada no processo educativo dentro e fora do monastério. A pesquisa enquadra-se dentro da linha de pesquisa Processos Educativos e Linguagem por apresentar uma proposta de diversidade metodológica partindo de uma tradição diferente da ocidental e pouco explorada pela academia brasileira. Além disso, a própria diferença linguística e cultural aponta para novas abordagens do processo educativo que buscam ampliar os horizontes de compreensão com base em uma abordagem hermenêutica. A pesquisa se desenvolveu em três momentos: um estudo de campo entre os anos de 2014 e 2015 abrangendo sítios arqueológicos indianos, experiências pessoais em um monastério nepalês e revisão bibliográfica sobre o tema. A estrutura do trabalho apresenta primeiramente uma história da educação budista, seguida de uma abordagem possível ao desenvolvimento da sua iconografia e, por fim, comparação de textos clássicos frente a abordagens acadêmicas contemporâneas. A experiência etnográfica serve de pano de fundo e permeia todo o texto.
Fonte: Academia.edu